PLURALIDADE CULTURAL EDUCAÇÃO INFANTIL ABORDAGEM RACIAL RESPEITO ÀS DIFERENÇAS REGRAS DE CONVIVÊNCIA ATIVIDADES E DESENHOS

Elaborado a partir de uma intervenção de prática real, realizada com crianças na faixa-etária de 4 e 5 anos, inseridos na turma de nível Jardim A, este artigo tem por objetivo promover o desenvolvimento de valores como respeito e a valorização da cultura brasileira, entendendo a mistura de várias raças através da realização de "Hora do Conto" com a visualização de teatro de fantoches de varetas e em contato com o livro original da história contada “Menina bonita do laço de fita”, trazendo uma abordagem racial e a miscigenação com relação as cores da pele aos pequenos, onde concluiu-se que o tema em questão trazia grande curiosidade, por serem observadores das diferentes cores de pele entre si e da ausência de crianças negras em seu convívio escolar no momento assim, a abordagem levada à faixa-etária foi muito rica, pois possibilitou a compreensão, quanto a diversidade de “cores de pele” e respeito aos valores culturais referentes ao tema.

1 - INTRODUÇÃO
Sabe-se que há necessidade de promover situações significativas e interessantes para as crianças no desenvolvimento deste tema e assim contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes e atuantes quebrando barreiras para o exercício da cidadania desde a Educação Infantil.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento de valores como respeito e a valorização da cultura brasileira entendendo a mistura de várias raças, onde cada qual contribuiu para a formação do que somos hoje, foi realizada a prática real de Hora do Conto, propiciando envolvimento significativo das crianças à magia da história contada em um enfoque atualizado para a faixa-etária, desenvolvendo o senso-crítico, levando-as a questionar a realidade em que vivem.
A escolha em abordar o tema referente à Pluralidade Cultural, sugerida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), deu-se em função da curiosidade manifestada pelo grupo ao observarem as diferentes cores de pele entre si e pela ausência de crianças negras em seu convívio escolar no momento.
Na seqüência o leitor poderá constatar a importância em abordar Pluralidade Cultural e a miscigenação com relação às cores de pele na Educação Infantil no decorrer do processo de desenvolvimento e formação da criança para exercício da cidadania.

2 - DESENVOLVIMENTO
A intervenção pedagógica sobre diversidade cultural e a miscigenação com relação às cores da pele foi realizada com crianças na faixa-etária de 4 e 5 anos inseridos em turma de nível Jardim A da Instituição de Educação Infantil M.M, situada no Bairro Santana em Porto Alegre/RS, devido a curiosidade demonstrada por parte das mesmas ao observarem as diferentes cores de pele entre si e pela ausência de crianças negras em seu convívio escolar neste momento. O recurso utilizado para esta prática foi à Hora do Conto com teatro de fantoches de varetas e após manuseio do livro original da história “Menina bonita do laço de fita” em um enfoque atualizado sobre diferentes cores de pele.
De modo que, desde a educação infantil os contos podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo em sua volta favorecendo a formação de sua consciência ética. De acordo com Piaget, as crianças adquirem valores morais não só por internalizá-los ou observá-los de fora, mas por construí-los interiormente, através da interação com o meio ambiente em possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem.
Ao se falar em diferenças configura-se respeito às características próprias de cada indivíduo. Desta forma, é muito importante e positivo, já na Educação Infantil, que se observe todas as nuances de seu entorno social desenvolvendo valores que primam pela valorização do outro, admitindo que diferenças humanas são normais.

Trabalhar com a diversidade é o natural, uma vez que as diferenças existem e não devem ser negadas dentro da dinâmica educativa. Segundo Sacristán (2002, p.17), “somos únicos porque somos “variados” internamente, porque somos uma combinação irrepetível de condições e qualidades diversas que não são estáticas, o que nos faz também diversos em relação a nós mesmos ao longo do tempo e segundo as circunstâncias mutáveis que nos afetam”. Nessa perspectiva o autor de modo sagaz afirma ainda que:

... a diversidade, assim como a desigualdade, são manifestações normais dos seres humanos, dos fatos sociais, das culturas e das respostas dos indivíduos frente à educação nas salas de aula. A diversidade poderá aparecer mais ou menos acentuada, mas é tão normal quanto a própria vida, e devemos acostumar-nos a viver com ela e a trabalhar a partir dela. A heterogeneidade existe nas escolas, dentro delas e também nas salas de aula porque existe na vida social externa. A educação também é causa de diferenças ou da acentuação de algumas delas. Nós, professores e professoras, participamos da diversificação e da homogeneização, da equiparação e da desigualdade. (SACRISTÁN, 2002, p. 15).

A escola hoje requisita um professor, um educador que expresse em seu fazer pedagógico as dimensões humana, tecnológica e política e que seja capaz de visualizar os efeitos sociais do trabalho pedagógico e dos condicionamentos que nele interferem, que saiba selecionar criticamente as orientações de sua práxis.

Nessa mesma direção Freire (2006), propõe uma educação problematizadora, que forme um sujeito crítico, participativo e atuante na sociedade com o objetivo de transformá-la para que todos tenham iguais oportunidades. Esta é a “educação libertadora”, justa e igualitária, que desperta no indivíduo sua vocação ontológica, ou seja, ser sujeito de sua própria realidade. Nesta perspectiva, a relação educador-educando é horizontal e constante, pois a troca de experiência e conhecimentos entre ambos não se sobrepõe. Atento às novas exigências educacionais o relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, organizado sob a coordenação de Jaques Delors, para a UNESCO, apontam os principais pilares das tendências educacionais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos.

2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Marisa Vorraber Costa (2008), identidade e diferença são inseparáveis, dependendo uma da outra, por isso, falar sobre diversidade cultural racial na Educação Infantil não deve ser apenas um exercício de observar os diferentes tons de cores de pele é preciso pontuar na ação pedagógica a identidade e a diferença estimulando a compreensão da existência da diferença, favorecendo a construção de uma consciência de aceitação natural e harmoniosa do “eu” e do “outro”, como nos alerta Tomaz Tadeu da Silva (2000) diversidade biológica pode ser um produto da natureza, mas o mesmo não se pode dizer sobre a diversidade cultural, pois, de acordo com autor, diversidade cultural não é um ponto de origem, ela é em vez disso um processo conduzido pelas relações de poderes constitutivos da sociedade que estabelece “outro” diferente do “eu” e “eu” diferente do “outro”.

Frente à multiplicidade de diferenças humanas: de gênero, físicas, mentais, raciais, étnicas, culturais, religiosas entre outras, Freire (1987) evidencia em seus escritos uma correlação de força entre opressor e oprimido que permeia toda a sociedade e a educação como parte desta. Contudo, propõe uma alternativa crítica e anárquica para romper com a opressão: a pedagogia do oprimido:

... aquela que tem de ser forjada com ele e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por uma libertação, em que esta pedagogia se fará e refará. (grifos do autor, p. 32).

Falar em diversidade, de acordo com Guijarro (1998), não significa necessariamente falar de minorias, mas do coletivo humano, que traz em seu interior as diferenças individuais.

Paulo Freire (2002) com a educação libertadora e emancipadora, instiga o homem à humanização de si, liberando-se, transformando-se, num contínuo processo de reflexibilidade e ação. A educação sob esse viés é entendida como capacitação para o exercício da liberdade e da autonomia e, tanto no ponto de partida como no processo educativo, esse olhar implica respeito para com o sujeito, que é único, e para suas diferenciadas manifestações.

A libertação, por isto, é um parto. E um parto doloroso. O homem que nasce deste parto é um homem novo que só é viável na e pela superação da contradição opressores-oprimidos, que é a libertação de todos. A superação da contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor, não mais oprimido, mas homem libertando-se. (FREIRE, 1987, p. 35).

Na Educação Infantil, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) para a Educação Infantil, considerar que as crianças são diferentes entre si, implica propiciar uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem suas necessidades e ritmos individuais, visando a ampliar e a enriquecer as capacidades de cada criança, considerando-as como pessoas singulares e com características próprias. Individualizar a educação infantil, ao contrário do que se poderia supor, não é marcar e estigmatizar as crianças pelo que diferem, mas levar em conta suas singularidades, respeitando-as e valorizando-as como fator de enriquecimento pessoal e cultural.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem levada à faixa-etária foi bastante rica, as crianças demonstraram grande encantamento durante a audição da história e após belíssimos comentários, questionamentos e comparações manifestando boa receptividade no entendimento da existência da diversidade de “cores de pele”, compreensão e respeito aos valores culturais referente ao tema. Assim, penso que cabe ao educador socializar situações de aprendizagem estabelecendo diálogo com o educando sobre a sua e a nossa cultura estimulando-o neste momento a questionar, compreender e transformar o conhecimento gradativamente, registrando experiências nas relações e no convívio com o outro, respondendo simultaneamente, à demanda do grupo e a individualidade de cada criança.

REFERÊNCIAS:
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – Volume l – Brasília, 1998.
COSTA, Marisa Vorraber. Currículo e pedagogia em tempo de proliferação da diferença: In Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sugeitos, currúculos e culturas – XIV ENDIPE; Porto Alegre – RS: Edipucrs, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GUIJARRO, R. B. Aprendendo en la diversidad: implicaciones educativas. In: Congresso Ibero-Americano de Educação Especial, Foz do Iguaçu, 1998.
SACRISTÁN, J. G. A construção do discurso sobre a diversidade e suas
práticas. In: ALCUDIA, R. et al. Atenção à Diversidade. Porto Alegre: Artmed, 2002.
SILVA, Tomaz Tadeu. A produção social da identidade e da diferença. In;
SILVA, Tomaz Tadeu (org). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos culturais. Petrópolis – RJ: Editora Vozes; 2000.

ALGUMAS ATIVIDADES - EXERCÍCIOS - DESENHOS:











Elaborado a partir de uma intervenção de prática real, realizada com crianças na faixa-etária de 4 e 5 anos, inseridos na turma de nível Jardim A, este artigo tem por objetivo promover o desenvolvimento de valores como respeito e a valorização da cultura brasileira, entendendo a mistura de várias raças através da realização de "Hora do Conto" com a visualização de teatro de fantoches de varetas e em contato com o livro original da história contada “Menina bonita do laço de fita”, trazendo uma abordagem racial e a miscigenação com relação as cores da pele aos pequenos, onde concluiu-se que o tema em questão trazia grande curiosidade, por serem observadores das diferentes cores de pele entre si e da ausência de crianças negras em seu convívio escolar no momento assim, a abordagem levada à faixa-etária foi muito rica, pois possibilitou a compreensão, quanto a diversidade de “cores de pele” e respeito aos valores culturais referentes ao tema.

1 - INTRODUÇÃO
Sabe-se que há necessidade de promover situações significativas e interessantes para as crianças no desenvolvimento deste tema e assim contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes e atuantes quebrando barreiras para o exercício da cidadania desde a Educação Infantil.
Com o objetivo de promover o desenvolvimento de valores como respeito e a valorização da cultura brasileira entendendo a mistura de várias raças, onde cada qual contribuiu para a formação do que somos hoje, foi realizada a prática real de Hora do Conto, propiciando envolvimento significativo das crianças à magia da história contada em um enfoque atualizado para a faixa-etária, desenvolvendo o senso-crítico, levando-as a questionar a realidade em que vivem.
A escolha em abordar o tema referente à Pluralidade Cultural, sugerida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), deu-se em função da curiosidade manifestada pelo grupo ao observarem as diferentes cores de pele entre si e pela ausência de crianças negras em seu convívio escolar no momento.
Na seqüência o leitor poderá constatar a importância em abordar Pluralidade Cultural e a miscigenação com relação às cores de pele na Educação Infantil no decorrer do processo de desenvolvimento e formação da criança para exercício da cidadania.

2 - DESENVOLVIMENTO
A intervenção pedagógica sobre diversidade cultural e a miscigenação com relação às cores da pele foi realizada com crianças na faixa-etária de 4 e 5 anos inseridos em turma de nível Jardim A da Instituição de Educação Infantil M.M, situada no Bairro Santana em Porto Alegre/RS, devido a curiosidade demonstrada por parte das mesmas ao observarem as diferentes cores de pele entre si e pela ausência de crianças negras em seu convívio escolar neste momento. O recurso utilizado para esta prática foi à Hora do Conto com teatro de fantoches de varetas e após manuseio do livro original da história “Menina bonita do laço de fita” em um enfoque atualizado sobre diferentes cores de pele.
De modo que, desde a educação infantil os contos podem ser decisivos para a formação da criança em relação a si mesma e ao mundo em sua volta favorecendo a formação de sua consciência ética. De acordo com Piaget, as crianças adquirem valores morais não só por internalizá-los ou observá-los de fora, mas por construí-los interiormente, através da interação com o meio ambiente em possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem.
Ao se falar em diferenças configura-se respeito às características próprias de cada indivíduo. Desta forma, é muito importante e positivo, já na Educação Infantil, que se observe todas as nuances de seu entorno social desenvolvendo valores que primam pela valorização do outro, admitindo que diferenças humanas são normais.

Trabalhar com a diversidade é o natural, uma vez que as diferenças existem e não devem ser negadas dentro da dinâmica educativa. Segundo Sacristán (2002, p.17), “somos únicos porque somos “variados” internamente, porque somos uma combinação irrepetível de condições e qualidades diversas que não são estáticas, o que nos faz também diversos em relação a nós mesmos ao longo do tempo e segundo as circunstâncias mutáveis que nos afetam”. Nessa perspectiva o autor de modo sagaz afirma ainda que:

... a diversidade, assim como a desigualdade, são manifestações normais dos seres humanos, dos fatos sociais, das culturas e das respostas dos indivíduos frente à educação nas salas de aula. A diversidade poderá aparecer mais ou menos acentuada, mas é tão normal quanto a própria vida, e devemos acostumar-nos a viver com ela e a trabalhar a partir dela. A heterogeneidade existe nas escolas, dentro delas e também nas salas de aula porque existe na vida social externa. A educação também é causa de diferenças ou da acentuação de algumas delas. Nós, professores e professoras, participamos da diversificação e da homogeneização, da equiparação e da desigualdade. (SACRISTÁN, 2002, p. 15).

A escola hoje requisita um professor, um educador que expresse em seu fazer pedagógico as dimensões humana, tecnológica e política e que seja capaz de visualizar os efeitos sociais do trabalho pedagógico e dos condicionamentos que nele interferem, que saiba selecionar criticamente as orientações de sua práxis.

Nessa mesma direção Freire (2006), propõe uma educação problematizadora, que forme um sujeito crítico, participativo e atuante na sociedade com o objetivo de transformá-la para que todos tenham iguais oportunidades. Esta é a “educação libertadora”, justa e igualitária, que desperta no indivíduo sua vocação ontológica, ou seja, ser sujeito de sua própria realidade. Nesta perspectiva, a relação educador-educando é horizontal e constante, pois a troca de experiência e conhecimentos entre ambos não se sobrepõe. Atento às novas exigências educacionais o relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, organizado sob a coordenação de Jaques Delors, para a UNESCO, apontam os principais pilares das tendências educacionais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos.

2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Marisa Vorraber Costa (2008), identidade e diferença são inseparáveis, dependendo uma da outra, por isso, falar sobre diversidade cultural racial na Educação Infantil não deve ser apenas um exercício de observar os diferentes tons de cores de pele é preciso pontuar na ação pedagógica a identidade e a diferença estimulando a compreensão da existência da diferença, favorecendo a construção de uma consciência de aceitação natural e harmoniosa do “eu” e do “outro”, como nos alerta Tomaz Tadeu da Silva (2000) diversidade biológica pode ser um produto da natureza, mas o mesmo não se pode dizer sobre a diversidade cultural, pois, de acordo com autor, diversidade cultural não é um ponto de origem, ela é em vez disso um processo conduzido pelas relações de poderes constitutivos da sociedade que estabelece “outro” diferente do “eu” e “eu” diferente do “outro”.

Frente à multiplicidade de diferenças humanas: de gênero, físicas, mentais, raciais, étnicas, culturais, religiosas entre outras, Freire (1987) evidencia em seus escritos uma correlação de força entre opressor e oprimido que permeia toda a sociedade e a educação como parte desta. Contudo, propõe uma alternativa crítica e anárquica para romper com a opressão: a pedagogia do oprimido:

... aquela que tem de ser forjada com ele e não para ele, enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto da reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por uma libertação, em que esta pedagogia se fará e refará. (grifos do autor, p. 32).

Falar em diversidade, de acordo com Guijarro (1998), não significa necessariamente falar de minorias, mas do coletivo humano, que traz em seu interior as diferenças individuais.

Paulo Freire (2002) com a educação libertadora e emancipadora, instiga o homem à humanização de si, liberando-se, transformando-se, num contínuo processo de reflexibilidade e ação. A educação sob esse viés é entendida como capacitação para o exercício da liberdade e da autonomia e, tanto no ponto de partida como no processo educativo, esse olhar implica respeito para com o sujeito, que é único, e para suas diferenciadas manifestações.

A libertação, por isto, é um parto. E um parto doloroso. O homem que nasce deste parto é um homem novo que só é viável na e pela superação da contradição opressores-oprimidos, que é a libertação de todos. A superação da contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor, não mais oprimido, mas homem libertando-se. (FREIRE, 1987, p. 35).

Na Educação Infantil, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) para a Educação Infantil, considerar que as crianças são diferentes entre si, implica propiciar uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem suas necessidades e ritmos individuais, visando a ampliar e a enriquecer as capacidades de cada criança, considerando-as como pessoas singulares e com características próprias. Individualizar a educação infantil, ao contrário do que se poderia supor, não é marcar e estigmatizar as crianças pelo que diferem, mas levar em conta suas singularidades, respeitando-as e valorizando-as como fator de enriquecimento pessoal e cultural.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A abordagem levada à faixa-etária foi bastante rica, as crianças demonstraram grande encantamento durante a audição da história e após belíssimos comentários, questionamentos e comparações manifestando boa receptividade no entendimento da existência da diversidade de “cores de pele”, compreensão e respeito aos valores culturais referente ao tema. Assim, penso que cabe ao educador socializar situações de aprendizagem estabelecendo diálogo com o educando sobre a sua e a nossa cultura estimulando-o neste momento a questionar, compreender e transformar o conhecimento gradativamente, registrando experiências nas relações e no convívio com o outro, respondendo simultaneamente, à demanda do grupo e a individualidade de cada criança.

REFERÊNCIAS:
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – Volume l – Brasília, 1998.
COSTA, Marisa Vorraber. Currículo e pedagogia em tempo de proliferação da diferença: In Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sugeitos, currúculos e culturas – XIV ENDIPE; Porto Alegre – RS: Edipucrs, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GUIJARRO, R. B. Aprendendo en la diversidad: implicaciones educativas. In: Congresso Ibero-Americano de Educação Especial, Foz do Iguaçu, 1998.
SACRISTÁN, J. G. A construção do discurso sobre a diversidade e suas
práticas. In: ALCUDIA, R. et al. Atenção à Diversidade. Porto Alegre: Artmed, 2002.
SILVA, Tomaz Tadeu. A produção social da identidade e da diferença. In;
SILVA, Tomaz Tadeu (org). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos culturais. Petrópolis – RJ: Editora Vozes; 2000.

ALGUMAS ATIVIDADES - EXERCÍCIOS - DESENHOS:












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